Desoneração da folha de pagamento é prejudicial para a TI?

desoneração da folha de pagamento

No dia 28 de junho a comissão mista do Congresso que analisa a Medida Provisória 774/2017 aprovou a retomada da contribuição previdenciária patronal de 20% sobre a folha de pagamentos para a maioria dos setores da economia. Nesse sentido, as empresas que atuam com Tecnologia da Informação (TI) foram afetadas drasticamente, gerando muita preocupação. Para Raphael Jacinto, vice-presidente da Ewave do Brasil, o impacto mais latente que existe com relação à mudança da desoneração da folha de pagamento é o planejamento financeiro das empresas.

Para o executivo, quando se opta por trabalhar com a desoneração – e essa opção se faz no seu ano fiscal ou no exercício  anual – é feito um planejamento em cima de uma alíquota tributária que o empresário já conhece. Este percentual está presente em toda a sua gestão incluindo investimentos, contratação de novos colaboradores e até no crescimento:

Se no meio do caminho esse jogo ou a regra mudam, o empresário ou a empresa está fadada à erros grandiosos com impactos  significativos. Analisando o setor de Tecnologia da Informação, que é um setor de serviços, estamos falando de pessoas e profissionais. Isso gera perda de performance principalmente na contratação de profissionais e no desenvolvimento de novos serviços.” analisa Raphael Jacinto.       

Nova alíquota é exorbitante

Quem é optante pela desoneração da folha de pagamento recolhe 4,5% sobre o faturamento mensal. Quando a empresa perde este benefício da desoneração da folha de pagamento, deixa-se de recolher estes 4,5% de alíquota no faturamento mensal. Então, passa-se a recolher 20% do valor bruto da sua folha de pagamento. Analisando a proporção de 20% da folha para 4,5% do faturamento, o impacto financeiro pode tornar-se muito grande dependendo do quanto a empresa fature:

“Se é uma empresa 100% orientada à serviço o impacto pode alcançar até três vezes a alíquota tributária. Entretanto, se é uma empresa que tem um mix de produtos e serviços além de apenas serviços, esse impacto pode reduzir pela metade. Mas, as empresas de TI dificilmente trabalharão só com produtos e terão sempre serviço.”

O vice-presidente da Ewave lembra ainda que o próprio Governo, quando compra de uma empresa de TI, faz essa compra como serviço que usava esta alíquota específica.

Fonte: KAKOI Comunicação

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